Ben Smith, presidente de Engenharia do Google, anunciou, no dia 8 de outubro, que o Google+ deve ser encerrado. A empresa está revisando as políticas internas de acesso de dados, chamadas de Profect Strobe. A partir dessa análise, a equipe que coordena o aplicativo concluiu que o Google+ não é popular entre as pessoas. Os níveis de uso e engajamento são muito baixos: aproximadamente 90% das sessões no Google+ duram menos de 5 segundos.
Foi constatado, além disso, que todo o conjunto de API’s do Google+ é um desafio para a empresa, que encontra dificuldades em seu desenvolvimento e manutenção. Um motivo ainda mais preocupante e polêmico por trás do cancelamento do aplicativo é o vazamento de dados de quase meio milhão de usuários. Devido a um bug, cerca de 496.941 pessoas tiveram seus dados como nome, sobrenome, e-mail, idade e gênero expostos desde 2015. A falha possibilitou que programadores externos ao software – de apps integrados a ele –acessassem as informações pessoais dos perfis.
A Google descobriu esse problema em março deste ano. Após uma reunião da administração, optou por não revelar ao público imediatamente, a fim de evitar a interferência de órgãos reguladores que já estavam alertas com a questão de vazamento de dados pelo Facebook. Para acalmar os internautas da rede, o Google comunicou que não foram expostos dados de postagens ou mensagens privadas.
Foi estabelecido o prazo máximo de agosto de 2019 para quem tem uma conta no Google+ resgatar seus dados e se desconectar totalmente. O blog post da empresa ressaltou que somente o Google+ para usuários será desativado, sua versão de forma que sua versão corporativa permanecerá, pois vem indicando resultados mais otimistas.
